Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

sábado, 17 de setembro de 2011

TOPÔNIMOS BRASILEIROS DE ORIGEM TUPI

CONFESSO, SEMPRE FUI APAIXONADO PELA LÍNGUA TUPI / GUARANI.
Foram criados mecanismos para dar uma melhor vida ao índio brasileiro, porém como tudo neste país, deixaram a desejar. Várias ONGs dão assistência a grande números de tribos, entretanto não é somente a fiscalização dos atos  Governamentais,  ou a defesa do meio ambiente que são exercidas. Algumas exploram as riquezas existentes nas reservas protegidas por lei. A bebida alcoólica é de predominância total, descontroladamente, tornando-os dependentes. Nossos indígenas perderam as referências, suas culturas vão se degradando com o passar do tempo.
Por se tratar de uma língua ágrafa, tornou-se difícil seu estudo; muito poucos escritores dedicaram-se às suas origens.                                         No Brasil aproximadamente 78% dos topônimos é de origem Tupi/Guarani. Assim como nas línguas que estudamos o Tupi também possue características interessantes, vejamos: Faz o coletivo através de sufixos “tuba ou Tiba”, determinam as cores também com sufixos, exemplos: Una ( preto) tinga(branco) Jubá (amarelo). Exemplos mais comuns, de conhecimento popular: ( Araçatuba)- lugar de muitos araçás; (Imbituba) de imbé + tyba lugar de muitos cipós.
Com as cores; tinga(caatinga, mato
esbranquiçado);( una) (preto)Jaguaruna (onça preta)
Jubá (amarelo) Itajubá (pedra amarela, ouro)etc.

Luiz Caldas Tibiriçá em seus estudos declara:
“O vasto território brasileiro foi ocupado, antes da conquista, por incalculáveis números de tribos indígenas, das quais pouco se conhece além dos Tupis, dos Caribes, dos Aruacos e de alguns tapuias, índios incultos de grande diversidade de dialetos. Mas, as grandes maiorias dos topônimos são sem dúvidas legados dos Tupis que habitaram as costas do atlântico e cercanias. Nas regiões  meridionais (parte do estado de S. Paulo para o sul) há muitos topônimos guaranis que são interpretados como se fossem tupis. Na verdade, essa língua difere pouco....”



Vejamos agora alguns exemplos de cidades conhecidas de S. Catarina:
Biguaçu – de biguá + Açu (grande) biguá grande
Ituporanga- de itu  (queda d água)+ poranga (bonito)
Itapiranga-  de ita (pedra) + piranga (vermelho)
Imaruí- de maruí (espécie de mosquito da região)
Tenho esperança que algum dia alguém aceite este desafio e dê condições da língua, realmente brasileira, ser conhecida e estudada.

Uma composição musical muito apropriada para elucidar este artigo:






Um comentário:

Sandra Helena Queiróz Silva disse...

Querido Afonso,

Ponto chave e que muitos discutem sobre os costumes, cultura, língua e a falta de direitos que o índio deveria ter, ou melhor o respeito que devem ter.Complemento com alguns comentários relacionado ao direito do índio que por muitos é desconhecido.Nos termos do Estatuto do índio, para que o índio seja considerado capaz de praticar normalmente os atos da vida civil, poderá requerer ao Juízo competente a sua liberação do regime tutelar após preenchidos os requisitos legais, quais sejam: ter idade mínima de 21 anos; conhecimento da língua portuguesa; habilitação para o exercício de atividade útil, na comunhão nacional; e razoável compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional (art. 9.º, Lei nº 6.001/73).Pois o mesmo é tutelado pela FUNAI.
"Art. 231.Código Civil. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens." Será que isso realmente acontece, é de interesse... Comentário que estendeu-se muito, pois é vasto, ficará uma página de jornal ou mais... rsss

Grande abraço