Acervo Musical Afonso Prates da Silva

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A menina do vestido azul
( Autor desconhecido)
Difícil é ter um professor que não tenha ouvido esta história,
relatada por colegas nos encontros, seminários, cursos etc.
É um exemplo a ser seguido por aqueles que detêm o poder nas mãos, e muito mais condições de ajudar do que um simples professor, como o de nossa história, vejamos:

“Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.
Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo.
Assim raciocinou o mestre: "é uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito. Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul."
Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe não achou razoável que, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas.
Ao fim de uma semana, disse o pai:
"Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?"
E assim fez o humilde casal.
Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências.
Desse modo, toda a rua melhorava a olhos vistos, quando pelo bairro passou um político que, bem impressionados, disse:
"É lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo".
E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro.
Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudaram os bairros pobres a se reconstruírem.
“E pensar que tudo começou com um simples vestido azul.”

O professor não tinha a intenção de consertar todo o bairro, nem mesmo a rua onde morava a menina, muito menos que fossem criado organismos de defesa aos bairros abandonados por este país. O movimento desencadeado provou também que nós poderemos fazer alguma coisa diferente. Quem sabe algum dia teremos dirigentes que usem também trajes azuis, e olhando as cidades vizinhas, mudem seus métodos de trabalho, com vergonha de seus pares.

5 comentários:

Anônimo disse...

São pequenas atitudes que levam a grandes resultados.
Todos poderíamos doar ao menos um vestido azul...já resolveria muito!
Fernanda

DOCMARCIO disse...

Eu preferia uma calça azul, tipo jeans, tamanho 54 e aí quem sabe eu ganhasse um tenis Adidas e uma camisa Gucci, um boné do Avaí, ia pra Floripa, o governador me chamasse e eu então conseguiria uma intervenção na minha cidade.
Parece falta de respeito com o texto, mas falo sério.

Anônimo disse...

Achei a história linda! quem dera que um vestido poderia mudar uma cidade inteira!
Beijos, natália

Sandra Helena Queiróz Silva disse...

Um vestido não muda uma cidade, simplesmente marcou uma vida que mudou os olhares, o aspecto feio e desagrável ao redor de tudo e de todos daquele local.Não importa quantos vestidos azuis fossem doados, a moral desta história conclui que depende da aceitação de boas ações, novos pensamentos de mudança,não aceitando mais ficar na inércia dos que fazem questão de paralisar, um bairro, uma cidade pequena e com grande potencial de desenvolvimento.A cidade da qual me refiro chama terra do ninguém, sem roupa adequada para uma beleza linda e sem par. Por lá não precisa de vestido azul, mas de um manto sagrado anil. Porque por lá só um milagre.

Beijos de Luz!

Dani Alves disse...

Eu conhecia a história. Gosto dela porque fala das pequenas coisas. Acho tão fácil as pessoas ficarem reclamando disso, daquilo. Os políticos são ruins, a educação não presta. E o que você está fazendo para mudar a situação? Bem provável nada. Está sentado assistindo de camarote. Se todos pensassem em fazer pequenas coisas, já teríamos uma grande diferença no Brasil que temos. Espero que dentro do que faço eu possa estar fazendo a diferença no mundo e que as pessoas percebam que também podem. Acredito que este blog também irá permitir que as pessoas pensem além.