Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

terça-feira, 25 de novembro de 2014

NOTA DE FALECIMENTO






                                                                             


CARO(A) AMIGO(A), 
É com muita tristeza que lhe participamos o falecimento de um amigo muito querido que se chamava BOM SENSO…
… e que viveu muitos e muitos anos entre nós. 
Ninguém conhecia com precisão a sua idade porque o registo no qual constava o seu nascimento foi desclassificado há imenso tempo, devido à sua enorme antiguidade.
 Mas lembramo-nos muito bem dele, nomeadamente pelas suas lições de vida como :
«  O mundo pertence àqueles que se levantam cedo »
«  Não podemos esperar tudo dos outros »
Ou ainda
«  O que me acontece pode ser em parte também por minha culpa » 
E também …
 BOM SENSO só vivia com regras simples e práticas como :
« Não gastar mais do que se tem »
e de claros princípios educativos como :
« São os pais quem decide em definitivo »
 Aconteceu que BOM SENSO principiou a perder o pé quando os pais começaram a atacar os professores que acreditavam ter feito bem o seu trabalho querendo que as crianças  aprendessem o respeito e as boas maneiras.
 Tomando conhecimento que um educador foi afastado por ter repreendido um aluno demasiado excitado na aula, agravou-se o seu estado de saúde.
Deteriou-se mais ainda quando as escolas ficaram obrigadas a obter autorização parental para pôr um penso num doi-doi de um aluno, embora não pudessem informar os pais de outros perigos mais graves incorridos pela criança.
 Enfim, BOM SENSO perdeu a vontade de sobreviver quando constatou que os ladrões e os criminosos recebiam melhor tratamento que as suas vítimas.
 Também recebeu verdadeiros golpes morais e físicos, quando a Justiça decidiu que era reprovável defendermo-nos de um gatuno na nossa própria casa, enquanto a este último é dada a possibilidade de queixar-se por agressão e atentado à integridade física ...
 BOM SENSO perdeu definitivamente toda a confiança e a vontade de viver quando soube que uma mulher, que não alcançou que uma chávena de café quente pode queimar e que desajeitadamente deixou derramar algumas gotas sobre uma perna, recebeu por isso uma colossal indenização do fabricante da cafeteira eléctrica.
 E como certamente saberá, a morte de BOM SENSO foi precedida pelo falecimento:
- dos seu pais Verdade e Confiança;
- da sua mulher Discrição;
- da sua filha Responsabilidade e do filho Razão.   

BOM SENSO deixa o seu lugar plenamente a três falsos irmãos :
- « Eu conheço os meus direitos e também os adquiridos »
- « A culpa não é minha »
- « Sou uma vítima da sociedade »

Autor desconhecido
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TOMARA QUE DEUS NÃO EXISTA









Ainda há esperança!                   Ou “AINDA HÁ ESPERANÇA?” 

TOMARA QUE DEUS NÃO EXISTA
Brasil, um país onde não apenas o Rei está nu. Todos os Poderes e Instituições
 estão nus, e o pior é que todos perderam a vergonha de andarem nus. E nós, o Procuradores da República, e eles, os Magistrados, teremos o vergonhoso privilégio de recebermos R$ 4.300,00 reais de "auxílio moradia", num país onde a Constituição Federal determina que o salário mínimo deva ser suficiente para uma vida digna, incluindo alimentação, transporte, MORADIA, e até LAZER.

A Partir de agora, no serviço público, nós, Procuradores da República, e eles, os Magistrados, teremos a exclusividade de poder conjugar nas primeiras pessoas o verbo MORAR. Fica combinado que, doravante, o resto da choldra do funcionalismo não vai mais "morar". Eles irão apenas se "esconder" em algum buraco, pois morar passou a ser privilégio de uma casta superior.

Tomara que Deus não exista... Penso como seria complicado, depois de minha morte (e mesmo eu sendo um ser superior, um Procurador da República, estou certo que a morte virá para todos), ter que explicar a Deus que esse vergonhoso auxílio-moradia era justo e moral.

Como seria difícil tentar convencê-Lo (a Ele, Deus) que eu, DEFENSOR da Constituição e das Leis, guardião do princípio da igualdade e baluarte da moralidade, como é que eu, vestal do templo da Justiça, cheguei a tal ponto, a esse ponto de me deliciar nesse deslavado jabá, chamado auxílio-moradia.

Tomara, mas tomara mesmo que Deus não exista, porque Ele sabe que eu tenho casa própria, como de resto têm quase todos os Procuradores e Magistrados e que, no fundo de nossas consciências, todos nós sabemos, e muito bem, o que estamos prestes a fazer.

Mas, pensando bem, o Inferno não haverá de ser assim tão desagradável como dizem, pois lá, estarei na agradável companhia de meus amigos Procuradores, Promotores e Magistrados. Poderemos passar a eternidade debatendo intrincadas teses jurídicas sobre igualdade, fraternidade, justiça, moralidade e quejandos. Como dizia Nelson Rodrigues, toda nudez será castigada!

DAVY LINCOLN ROCHA
Procurador da República
Joinville  SC

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SER IDOSO OU SER VELHO....





 Você é uma pessoa idosa, ou velha?
     Acha que é a mesma coisa?
     Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
     Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
     A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do Espírito. Por isso nem    todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
     Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
     Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
     Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
     Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
     Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias  parecem o último da longa jornada.
     Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
     O idoso é aquela pessoa que tem a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.
     Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
     Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
     O idoso se renova a cada dia que começa. O velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
     O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
     O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
     O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
     O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.
     As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
     Em resumo, idoso e velho são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.