Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sete  de  Setembro

Passeando pelo comércio local, aqui de Florianópolis, verifiquei a falta de  civismo do povo brasileiro.
A falta de patriotismo é tão grande que nos dá inveja a copa do mundo. Pena que só se realiza de quatro em quatro anos. Durante o período de jogos as ruas, os bares, as casas, os automóveis, o comércio se engalanam numa disputa por apresentarem a vitrine mais verde e amarela. Sentimos orgulho, entretanto na semana da Pátria, ficamos reduzidos ao desfile oficial, que cada ano perde mais na apresentação, as escolas mal conseguem  colocar uma fita verde e amarela nas portas e janelas.
Continuo afirmando, foi um grande erro retirar do currículo escolar a disciplina Moral e Cívica. Nossa historia é tão triste e irônica, pois  a composição do  Hino Nacional foi vendida.  Enquanto nos grandes  centros carnavalescos, diretores   compõem seus sambas enredos por amor as  suas  escolas, tendo como recompensa  apenas o seu sucesso,  concluímos  que a ausência de amor pela pátria é muito antiga,  5:000$ contos de réis na época era muito dinheiro.



HINO NACIONAL BRASILEIRO

Francisco Manuel da Silva
O Hino Nacional Brasileiro tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865). Foi adquirida por 5:000$ cinco contos de réis a propriedade plena e definitiva da letra do hino pelo decreto n.º 4.559 de 21 de agosto de 1922 [1] pelo então presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700, de 1 de setembro de 1971, publicada no Diário Oficial (suplemento) de 2 de setembro de 1971.
Joaquim Osório Duque Estrada

Hino executado em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal  assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução é permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais.Durante  a execução do   Hino Nacional alguns jogadores agem  de maneira desrespeitosa, uma  verdadeira falta de educação, jogadores, rindo e conversando.
A partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. Ao menos uma vez por semana todos os alunos do ensino fundamental devem cantá-lo.
A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em 1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República. Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.
Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.
De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).
Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio.
Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
Embora o tupi não tenha status oficial no país, muitas tribos indígenas brasileiras o falam como língua materna.Vejam como exemplo o Hino Nacional em Tupi.
Hino Nacional Brasileiro
(Língua portuguesa)
Hino Nacional Brasileiro (Em Língua tupi)
Primeira Parte
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Embeyba Ypiranga sui, pitúua,
Ocendu kirimbáua sacemossú
Cuaracy picirungára, cendyua,
Retama yuakaupé, berabussú.

Cepy quá iauessáua sui ramé,
Itayiuá irumo, iraporepy,
Mumutara sáua, ne pyá upé,
I manossáua oiko iané cepy.

Iassalssú ndê,
Oh moetéua
Auê, Auê !

Brasil ker pi upé, cuaracyáua,
Caissú í saarússáua sui ouié,
Marecê, ne yuakaupé, poranga.
Ocenipuca Curussa iepé !

Turussú reikô, ara rupí, teen,
Ndê poranga, i santáua, ticikyié
Ndê cury quá mbaé-ussú omeen.

Yby moetéua,
Ndê remundú,
Reikô Brasil,
Ndê, iyaissú !

Mira quá yuy sui sy catú,
Ndê, ixaissú, Brasil!
Segunda Parte
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*)

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Ienotyua catú pupé reicô,
Memê, paráteapú, quá ara upé,
Ndê recendy, potyr America sui.
I Cuaracy omucendy iané !

Inti orecó purangáua pyré
Ndê nhu soryssára omeen potyra pyré,
ìCicué pyré orecó iané caaussúî.
Iané cicué, ìndê pyá upé, saissú pyréî.

Iassalsú ndê,
Oh moetéua
Auê, Auê !

Brasil, ndê pana iacy-tatá-uára
Toicô rangáua quá caissú retê,
I quá-pana iakyra-tauá tonhee
Cuire catuana, ieorobiára kuecê.

Supí tacape repuama remé
Ne mira apgáua omaramunhã,
Iamoetê ndê, inti iacekyé.

Yby moetéua,
Ndê remundú,
Reicô Brasil,
Ndê, iyaissú !

Mira quá yuy sui sy catú,
Ndê, ixaissú,
Brasil!

4 comentários:

DOCMARCIO disse...

Afonsinho.
A História escrita do Brasil contém uma série de distorções empurradas à força goela abaixo das crianças, e passa a não ter mais crédito ou vibração. O Povo brasileiro, por outro lado, não tem memória e é extremamente imediatista e suas trocas emocionais se dão na base da vantagem, como a questão ideológica política. Brasileiro só se fanatiza por religião e futebol (embora muitos nem dêm bola para isso). Se um estrangeiro usar nossa bandeira como papel higiênico não vai acontecer nada. Mas se ofender o Neimar ou rasgar a camisa de um time, pode até dar em morte. A mídia sabe disso e tira proveito para faturar.

Mara Verani disse...

É lamentável mesmo que nossa data nacional - o 7 de Setembro - seja tratado com tanta negligência e tão pouco patriotismo. Quem sabe um dia consigamos reverter isso.
Somos um povo que não valoriza sua História.

guido finizia disse...

Eu concordo com quase tudo so nao concordo com o valor positivo do patriotismo que como o Lev Tolstoj considero una superstiçao que leva os povos a guerra e esterminios.Em um mundo etico e justo o termo patria abranjeria o mundo inteiro.
Lamentavelmente uma mera utopia....Desculpem pelo portugues fraco um abraço
guido

Sandra Helena Queiróz Silva disse...

Importante enfatizar assuntos que não ressurgem mais desde épocas remotas. Pátria que muitos se envergonham de dizer que é mãe gentil, e sim madrasta vil. Porque a mãe não nega, aos seus filhos o que tem faltado a milhões de brasileiros. O hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades. Em nosso país, é destinada a glorificar uma pátria que com seu hino cantado emociona, mas depois do término nos envergonha.
Só em saber que convivemos com o crime sem rosto (corrupção) a beleza se esvai e voltamos para um quotidiano junto da madrasta vil, em abandono completo pela mãe gentil.