Acervo Musical Afonso Prates da Silva

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sábado, 1 de setembro de 2012

DEVANEIO DO POLÍTICO



Se você observar, neste período eleitoral vemos coisas do arco da velha; É como se o candidato fosse mordido pela mosca verde, um inseto que contagia a mente do ser humano.
Aí reparamos as maiores maluquices no que diz respeito à política. O candidato vive neste período pré-eleitoral seu sonho oculto; as manobras dos chefões da política local usam e abusam da inocência do candidato neófito. Mas, não são somente as raposas das eleições que tiram proveito do pobre coitado, os amigos (entre aspas) também, vejamos: O infeliz tem apenas 0,001% de probabilidade, entretanto quando chega numa roda de pessoas, principalmente nos bares, são tratados como se já fossem eleitos e aí vêm aqueles velhos chavões: “ Oh vereador, paga uma cerveja para os seus eleitores...” “ este é o nosso vereador”... “chegou o campeão de votos”..." este é o nosso verdadeiro representante"... E assim sucessivamente vão levando o candidato na conversa e aos poucos a pagar todas as despesas.  Quando possuem bens, entusiasmado, chega ao ponto de vendê-los para investir na campanha. E o pior é que a grande maioria destes pré-candidatos não aprendeu a lição na eleição anterior. A vaidade do ser humano é tão grande que leva o homem ou a mulher a este vexame. Trabalham como formiguinhas para os chefões usufruírem da legenda. Vou narrar um caso que aconteceu no bairro do Magalhães na década de 60.
"Existia neste tempo o comitê político do PR; um partido criado que tinha na sua maioria ex-combatentes. No período das eleições reuniram-se e formaram as chapas para vereadores. Lembro que um dos candidatos era o Sr. Iris Luz, morador da tradicional Rua Do Valo; Tinha chegado naquela época o Sr. Inayá, aposentado que veio morar em Laguna, também no bairro de Magalhães.
O período eleitoral começa, e as campanhas tomam corpo e os candidatos vão à luta.
Como candidato também o Sr. Inayá; junto a sua esposa, saem pelo bairro munido de um caderno de 60 folhas a procura de votos. Batiam nas casas apresentavam-se, pediam os votos e anotavam seus nomes no caderno. E assim foi campanha à dentro. Alguns dias passaram-se e já chegava à reta final. O Sr. Inayá com seu caderno totalmente cheio de nomes fala a sua esposa: - Mulher com estes votos todos já estou eleito, mas estou com pena do compadre Iris; de agora em diante vamos pedir votos pra ele, e assim o fizeram. Chega o grande dia, as cornetas da Radio Difusora anunciam nos altos-falantes das ruas centrais; os candidatos todos de lápis e papel na mão anotando urna por urna seus resultados. Começa a abrir pelo centro, nada de voto pro Sr. Inayá, mesmo
assim sempre otimista dizia: - deixa chegar as nossas seções. E encurtando a conversa começa a abrir os votos das urnas do bairro de Magalhães e continua o mesmo, Sr. Inayá não levava um voto. Fim das contas depois de abrir as urnas do 3 de maio Sr. Inayá teve 2 votos.      Era sua seção eleitoral. Entretanto no período pré-eleitoral viveu o sonho de ser vereador, representante dos Ex-combatentes. Não sei se a felicidade pré-eleitoral compensou todo o esforço trabalhado, mas mesmo assim foi feliz, viveu seus dias de "vereador".  Este é amigos, o triste cenário da política, onde a inocência dos candidatos trabalha para engordar as legendas das raposas locais. De vez em quando dá zebra, um é eleito e serve de exemplos para centenas de desiludidos.
Alguns exemplos de candidatos sonhadores...

                                          

Um comentário:

Leila Fonseca disse...

Seria cômico, se não fosse trágico. Até quando teremos que aturar essa falta de vergonha? Será que esses estúpidos não percebem a importância de uma eleição? O TSE não deveria permitir tamanha falta de respeito para com o povo e para com o país.
Abçs