Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

domingo, 18 de dezembro de 2011

FESTA NATALINA

 

O peru de Natal
Era uma noite muito quente, estávamos nas proximidades das festas natalinas, fiquei perambulando pelo quintal da casa até tarde esperando o sono chegar. Televisão nem pensar, ouvir e ver políticos corruptos não tinha mais estômago para digerir; mesmo assim retornei à cama para dormir.
A madrugada já mostrava o silêncio da noite, quando acordei com a campainha tocando; fui até a porta da sala verificar quem chamava, quando avistei um carro com placas de São Paulo parado em minha porta.
Prontamente abri a porta, para minha surpresa, era um amigo gaucho que conheci há muito tempo em São Paulo; viajava com sua mulher, fazia uma parada estratégica, pois no outro dia  continuariam sua viagem para Porto Alegre, sua terra natal, iam passar o Natal com seus familiares.
Entrando fomos logo preparar um bom café com alguns petiscos, pois acreditava que para àquela hora, era o que de melhor poderia oferecer-lhes. Enquanto preparava os comes e bebes aproveitei para botar as conversas em dia, pois fazia muito tempo que eles não vinham a Fpolis.  Durante nossa conversa notei que sua mulher não estava muito contente, parecia que tinham brigado durante a viagem. Finalmente, ficando ela ausente da mesa, fui logo perguntando: Gaucho o que é que tua mulher tem; TPM? - Ah, não liga não, foi um acontecimento em S. Paulo que a deixou assim, e continua até hoje, vou contar-te:
- Um dia, não me lembro bem se 12 ou 13 saí para trabalhar às 7 horas, rotina diária, fui para o meu serviço e fiquei até as 12horas, quando retornei à casa. Chequei um pouco tarde, o trânsito estava horrível, ao chegar vejo minha mulher  estranha, e foi logo perguntando;- Bah tche que idéia boba foi esta de mandar um peru vivo para a ceia de natal faltando tantos dias? E ainda pegar o Notebook e a maquina fotográfica. Por acaso, estavam com defeitos? O homem disse que era para aproveitar a garantia.-  Mas, meu bem, não mandei buscar coisa alguma e muito menos mandei peru para casa. Pelo que estou vendo, há alguma coisa errada. -Errado mesmo foi a sujeira que o peru fez lá na área de serviço, único lugar que podia colocá-lo. - A verdade é que fomos roubados; mas, não te preocupes ao sair passo ali na 7ª DP e comunico o acontecimento fazendo um BO (boletim de ocorrência). E assim, terminei de almoçar, descansei um pouco e retornei ao serviço. Quando chequei em casa lá pelas 20 horas, cansado de um trânsito apavorante nem me lembrava do que tinha acontecido durante o dia. Entrando em casa minha mulher veio ao meu encontro, com um sorriso dizendo:- graças a Deus tudo resolvido não é bem? - Caí na real, fui logo perguntando: O que? - O caso do peru, respondeu ela; foi quando lembrei que havia esquecido de passar na 7ª DP para fazer  o BO.  O que foi que aconteceu agora? -Assim que saíste depois do almoço um policial veio até o nosso apartamento para pegar o peru, pois já tinham prendido os ladrões. Aí aconteceu o desastre; comecei a rir, dando grandes gargalhadas, pois deram o golpe duas vezes, além de levar o Notebook e a máquina, ainda voltaram para pegar o peru. Minha mulher ficou P. da vida, até hoje ainda não engoliu o acontecido, mantendo nossas relações abaladas, quando a olho começo a rir. Fui obrigado a rir também, pois deram um golpe perfeito nos meus amigos; fomos dormir e no dia seguinte, Gaucho e sua mulher, viajaram para o Rio Grande do Sul. Até hoje, ele não pode ouvir falar em peru de natal, cai na gargalhada.
Fim

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem espertinha essa mulher do Gaucho!!!!Que marido bom esse que manda um Peru pra casa, na minha não entrava nem o Peru nem o marido hheheheehe.Beijos Fernanda