Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Deus acima de tudo



"A terra já recebeu em seu seio almas generosas, espíritos superiores, que trazem valiosas contribuições para o seu progresso.
Alguns desses espíritos vêm com o objetivo de alavancar o progresso e fazer evoluir a humanidade.
Suas vidas deixam marcas luminosas, que desafiam os tempos."

Ludwig Van Beethoven foi uma dessas criaturas. Nasceu em Bonn, na Alemanha, no ano de 1770 e morreu em Viena, na Áustria, em 1827.
Seu viver foi uma vertente constante da música que sublima e enleva os sentimentos.
Foi o autêntico médium da arte refinada de compor. Para ele, a música "era uma revelação divina, uma revelação mais sublime que toda a ciência e toda a filosofia."
Seu viver foi um calvário pontilhado por muitos sofrimentos físicos, destacando-se a surdez que o isolou do mundo.
Ele nos deixou nove sinfonias, 12 sonatas, concertos, quartetos e uma única ópera, Fidelio. Tudo de imensa beleza.
Seu psiquismo refinado lhe permitia constante permuta com os espíritos superiores.
Diante dos muitos padecimentos que o acometiam, afirmava, sereno e confiante: "Deus nunca me abandonou."
Perguntado, certa vez, se desejava receber determinado título honorífico, apontou para o alto e respondeu: "meu reino não é deste mundo. Meu império está no ar."
A seguir, concluiu: "não conheço outro título de superioridade, senão o da bondade."
Bondade da qual ele deu mostras, mais de uma vez. Em certa oportunidade, um amigo estava em grandes dificuldades.
Beethoven o presenteou com uma das suas criações, para que fosse vendida e o dinheiro usado na solução do problema que o afligia.
Era nos bosques que ele mantinha contato com as nobres entidades ligadas à música e à harmonia.
Ali ele fazia suas orações e refazia suas energias.
Quando voltava desses encontros, com a fisionomia alterada, respondia a quem lhe perguntava: "o meu anjo bom me visitou."
Em um desses momentos, transformou uma de suas orações, em uma peça musical de grande elevação e apurada sensibilidade: "hino à alegria."
É, ao mesmo tempo, uma exaltação à fé em Deus. Seus versos podem ser traduzidos da seguinte maneira:
"Escuta irmão a canção da alegria o canto alegre do que espera um novo dia.
Vem, canta, sonha cantando / vive sonhando um novo sol
Em que os homens voltarão a ser irmãos.
Se em teu caminho só existe a tristeza o pranto amargo da solidão completa
Se é que não encontras alegria nesta terra
Busca-a, irmão, mais-além das estrelas."
Sempre enaltecia a paternidade divina, afirmando: "Deus, acima de tudo."
O lema que norteou seus passos, entre nós foi: "fazer o bem que possa. Amar, sobretudo, a liberdade. E, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade."
Você sabia?
Que Beethoven encontrava conforto espiritual em um livro intitulado Imitação de Cristo? A obra é de autoria do filósofo e místico alemão, Thomas Von Kempis, que viveu entre os séculos XIV e XV.
Segundo o escritor francês Romain Rolland, durante toda a sua existência, Beethoven teve tal obra como seu livro de cabeceira. Isso fala da sua religiosidade e da fé em Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de Giovani Scognamillo, intitulado Beethoven: "Deus, acima de tudo", publicado no jornal Tribuna Espírita de Janfev. 2005 e versos do hino à alegria, de Beethoven, gentilmente traduzidos pelo professor de música Enrique Baldovino.

Feche os olhos, ouça e sonhe acordado com essa bela musica que nos faz refletir e amar.
Tenho certeza que neste mundo conturbado em que grande parte  do ser humano desviou-se completamente da ética e do amor ao próximo, poderemos tirar proveito do conceito liberdade que esta música nos inspira.




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